Compreenda a Esquizofrenia

A Esquizofrenia é uma doença psiquiátrica que afeta os vários planos da vida do paciente. Desde a capacidade de raciocínio, passando pela capacidade de se relacionar com os outros, são vários os aspetos da vida do doente que são afetados pela patologia.

 

O que é a Esquizofrenia?

As pessoas afetadas pela doença têm geralmente dificuldades em distinguir o real do imaginário, bem como episódios de alucinações e delírios. Podem também ouvir vozes, bem como desenvolver comportamentos paranóicos, como a sensação de estarem constantemente a ser perseguidos.

Embora a causa da doença ainda não seja completamente conhecida, acredita-se que a combinação de fatores genéticos seja uma das principais causas da patologia. O diagnóstico da doença é, regra geral, feito por um psiquiatra através de entrevistas ao paciente e a pessoas próximas. Podem ainda ser realizados exames como ressonâncias magnéticas ou análises ao sangue, o objetivo de despistar algumas outras doenças com sintomas semelhantes.

Por ser uma doença crónica, a maioria destes pacientes acabam por necessitar de tratamento constante, através de psicofármacosacompanhamento psicológico.

Conheça os sinais a que deve estar atento:

  • Sensação de suspeita constante.
  • Pensamentos incomuns ou estranhos, como acreditar que uma pessoa próxima de si lhe quer fazer mal,.
  • Alucinações ou mudanças nas experiências sensoriais, como ver, sentir, cheirar ou ouvir coisas que as outras pessoas não conseguem.
  • Pensamento ou fala desorganizados.
  • Sintomas negativos como falta de emoção, de contato visual ou de expressões faciais, negligência da higiene e distanciamento social.
  • Comportamento motor desorganizado ou anormal, como posturas estranhas ou movimentos excessivos.

 

Principais fatores de risco

Como mencionado anteriormente, as questões genéticas tem um grande papel no desenvolvimento da esquizofrenia . Contudo conhecemos ainda outros fatores de risco relevantes, tais como:

  • Histórico familiar de esquizofrenia.
  • O uso de drogas alucinógenas na adolescência ou no início da vida adulta.
  • Algumas experiências no ventre da mãe, como exposição a vírus e toxinas.
  • Ativação excessiva do sistema imunológico a partir de coisas como inflamações simples.

Dicas para viver melhor, mesmo com esquizofrenia

Embora seja uma patologia bastante delicada, o diagnóstico de esquizofrenia não é uma sentença de morte. Confira as nossas dicas, para que possa conviver da melhor forma possível com a esquizofrenia:

 

Procure um médico

Recorde-se que a esquizofrenia é uma doença crónica, e que ignorar os sintomas não fará com que o problema desapareça. Apenas com o tratamento e a medicação adequados é que poderá voltar a ter alguma qualidade de vida, mesmo convivendo com esta doença.

 

Experimente a psicoterapia

Embora já existam vários medicamentos para combater a esquizofrenia, na maioria dos casos esta não será suficiente. Receber acompanhamento psicológico irá não só potencializar os efeitos da medicação, como também irá permitir que ganhe ferramentas para lidar cada vez melhor com as crises.

 

Aceite a condição para facilitar a recuperação

Entrar em negação relativamente à doença só o irá prejudicar. Enquanto não aceitar a presença da patologia, e estiver investido no tratamento, os sintomas não só não irão desaparecer, como corre o sério risco destes piorarem.
Ter uma doença, como a esquizofrenia, não faz de si má pessoa, e não há nada de errado em procurar ajuda especializada. Lembre-se que tudo o que o afeta a si, acaba por afetar indiretamente as pessoas de quem gosta, e o melhor que pode fazer por elas é procurar tratamento.

 

Evite viver uma vida stressante e desequilibrada

Numa patologia como a esquizofrenia, todas as suas decisões tem impacto no combate à doença. Viver uma vida stressante, alimentar-se mal ou não descansar o suficiente irá desregular o seu organismo e afetar negativamente a doença.

Procure viver uma vida relaxada, garantindo que se mantém o mais longe possível dos fatores que o poderão descompensar.

 

Não se isole

Por muito assustadora que esta doença possa parecer, afastar-se das pessoas que lhe são queridas não vai contribuir em nada para a sua recuperação. Procure conviver com outras pessoas sempre que possível, especialmente daqueles que conhecem a sua condição e são sensíveis a ela.

Lembre-se que não é o fim do mundo!

Embora possa ser um choque receber o seu diagnóstico, saiba que a sua vida não acaba só porque tem esquizofrenia. Com os tratamentos e recursos que temos neste momento à disposição, muitos pacientes com esta patologia vivem vidas completamente normais, com uma carreira e uma família perfeitamente normais.

Não desista de si, e saiba que por muito negras que as coisas possam parecer no momento, não está sozinho.